terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dogo Canário

                     HISTORIA


Originário das Ilhas Canárias, o Dogo Canário (conhecido também como Cão de Presa Canário) é um cão tipo molosso, cujo desenvolvimento foi aparentemente involuntário, resultado da mistura de diversas raças, sendo a principal o Perro de Ganado Majoreiro, ou Majoreiro, que é um cão nativo das ilhas. Acredita-se que esta mistura iniciou-se no século XVI, quando as Ilhas Canárias, foi considerada um porto seguro pelos navegantes. Segundo os historiadores da raça, diversos molossos foram introduzidos pelos colonizadores com o objetivo de auxiliá-los no trabalho com o gado, criado solto e que deveria ser arrebanhado. Foi a partir do cruzamento dos cães nativos das ilhas com os molossos trazidos da Europa que se originou o Cão de Presa Canário, hoje denominado de Dogo Canário.
Devido ás condições geográficas, a raça desenvolveu-se praticamente de forma isolada ao longo de quase 500 anos e, com o passar do tempo, foi amplamente utilizada nas rinhas.
Em meados do século XX, com as inovações ocorridas na pecuária, o gado bravo deixou de existir nas ilhas e também foram proibidas as rinhas, o que acarretou praticamente a extinção da raça, salva pela dedicação de diversos criadores que fundaram o “Clube Espanhol do Presa Canário”.
Entre as grandes entidades cinófilas internacionais, o Dogo Canário foi reconhecido pela FCI apenas em 2001. O American Kennel Club ainda não o incluiu nem entre a seleção das ´raças raras´, mas há criadores espalhados em todos os continentes.
No Brasil, a raça chegou há pouco tempo, com a importação dos primeiros exemplares espanhóis em 2002 e início de 2003.


                                                       TEMPERAMENTO


O Dogo Canário é um cão de guarda por excelência. Muito devotado, fiel e amigo do dono e da família, é também desconfiado e bravo com estranhos.
É um cão de temperamento forte e extremamente territorialista, predisposto à obediência e com um grau de atividade elevado para um molosso. É um cão grande e pesado (um macho mede de 59 a 66 cm e a fêmea de 55 a 62 cm, com peso para machos de 50 kg e 40 kg para fêmeas) e por essas características é completamente contra-indicado para proprietários pouco experientes ou permissivos.
Seu corpo robusto, cabeça maciça, latido grave e a máscara negra, que não deve ultrapassar a altura dos olhos, dão ao Dogo Canário um aspecto intimidador e “de poucos amigos”, e pode ser confundido com um Pit Bull “gigante”.
Apesar de sua imponência como cão de guarda, o Dogo Canário deve ser, acima de tudo, um cão equilibrado. Espera-se dele que desconfie de estranhos e não que avance ou reaja agressivamente à presença de quaisquer pessoas. Segundo o próprio padrão da raça: deve ter "Aspecto sereno, de olhar atento. É especialmente voltado para a função de Guarda e tradicionalmente para o manejo e condução do gado. Seu temperamento é equilibrado, tendo grande segurança de si mesmo. É manso e nobre com a família, muito apegado ao dono e desconfiado com os estranhos. É implacável com intrusos e pessoas má-intencionadas, que são rapidamente retraídas pelo porte descomunal da raça. Sua expressão é de muita segurança e nobreza. Quando está alerta, sua atitude é firme e seu olhar vigilante."
Como é um cão bastante dominante, o seu relacionamento com outros cães deve ser bem estudado. Normalmente o relacionamento é mais fácil entre cães de sexo oposto. Dois Dogos do mesmo sexo e igualmente ´dominantes´ é a receita para grandes acidentes. É comum que se relacionem melhor com cães do mesmo sexo que sejam de raças menores ou bem mais submissas do que eles.
Possui uma pelagem curta, levemente áspera e bastante aderida ao corpo, dando ao Dogo um aspecto bastante rústico. A coloração da pelagem vai do tigrado claro ao tigrado escuro quase negro e do dourado até o marrom claro. Podem haver marcas brancas no peito, na base do pescoço, garganta e nas patas posteriores. É desejável que as marcações sejam o mais reduzidas possível.

                                                                  FILHOTE



Justamente por sua personalidade forte, é essencial que o proprietário eduque desde cedo seu filhote e estabeleça claramente sua liderança. Aulas de obediência são bastante recomendadas, até porque facilitam o controle sobre os cães quando adultos e há muita controvérsia sobre a real necessidade de adestramento para guarda. Um filhote bem educado e equilibrado certamente se transformará num adulto confiável.
Deve-se ter um cuidado especial quanto à alimentação do filhote. Por se tratar de um molosso e de crescimento rápido, é fundamental que o filhote receba uma alimentação especialmente rica em proteínas durante o primeiro ano de vida, com altos índices de cálcio.
É importante também que o futuro proprietário tome precauções quanto ao tipo de piso no qual viverá o filhote, evitando pisos lisos e/ou escorregadios que podem provocar lesões ósseas e/ou musculares que podem prejudicar a movimentação e qualidade de vida do cão.
Outra recomendação importante é quanto ao volume/intensidade de exercícios. Deve-se tomar especial cuidado e não extenuar o filhote. Exercícios regulares são mais recomendados do que ‘maratonas’ que podem levar ao desenvolvimento de problemas de articulação.


                                                  PROBLEMAS COMUNS A RAÇA



Como a grande maioria das raças grandes, o Dogo Canário apresenta alguns problemas de saúde característicos:
  • displasia coxo-femural. A displasia só pode ser diagnosticada com certeza quando filhote tem mais de 12 meses através de raios-x.
  • Entrópio
  • Algumas linhagens, até em função do pool genético ainda reduzido da raça, podem apresentar sarna demodécica.


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