sábado, 20 de agosto de 2011

Lulu Da Pomerânia

                                    HISTORIA

origem do Spitz Alemão é bastante longínqua e perde-se nos tempos. A teoria mais aceita é de que descendam dos primeiros cães a serem domesticados pelos homens, que estariam na origem de todas as demais raças caninas. Por essa condição, são classificados como ‘Cães de Tipo Primitivo’, por conservarem ainda, grande parte das características herdadas dos lobos, como o focinho pontiagudo, as orelhas eretas e viradas bem para a frente da cabeça e a cauda comprida, pousada sobre o dorso.
No caso específico dos Spitz, conhecidos até a década de 90 como Lulu ou Pomerânea (nome mantido ainda pelos criadores americanos e canadenses), especula-se que a raça tenha sido desenvolvida numa região de fronteira entre a atual Alemanha e a Polônia, conhecida por Pomerânia.
Sua expansão pelo mundo ocidental deveu-se principalmente ao fato de terem caído nas graças da realeza britânica. Os primeiros cães da raça chegaram à Inglaterra na bagagem da rainha Charlotte, esposa do rei George III. No entanto foi com a paixão de sua neta, ninguém menos que a Rainha Victoria, que os Pomerâneas ganharam destaque, especialmente a partir de do século 19, quando foram aceitos pelo The Kennel Club.
Seu aspecto de pelúcia, a variedade de cores e tamanhos (a raça comporta 5 tamanhos diferentes), além de seu temperamento afetuoso garantiu que o Pomerânea logo conquistasse um lugar de destaque nas cortes européias.
E não à toa, diversas personalidades de renome em diversas épocas mantinham seus pequenos Lulus, entre eles, Michelangelo (1475-1564), cujo cão o acompanhava durante o trabalho de pintura da capela Sistina, Mozart (1756-1791) tinha uma fêmea chamada Pimperl a quem chegou a dedicar uma ária, no que mais tarde seria seguido por Chopin (1810-1849), que dedicou a valsa "Valse des Petits Chiens" à sua cadelinha da raça.
Nos Estados Unidos o Pomerânia foi reconhecido como raça independente em 1888.


                              PERSONALIDADE

Os Pomeranias são excelentes cães de companhia, muito dedicados aos seus donos. Alegres e dispostos. Os cães das variedades Pequeno e Anão, são ideais para pequenos espaços e donos moderadamente sedentários, uma vez que se contentam com pequenos passeios. Os de tamanho maior (Spitz Alemão Médio, Grande e o Spiz-lobo) apesar do tamanho não exigem grandes níveis de atividade.
De maneira geral e cada um de acordo com o seu tamanho, são cães muito alertas e podem avisar seus donos de qualquer alteração latindo aos menores sinais. Essa característica é um dos problemas que podem trazer para os donos que quiserem mantê-los em apartamentos, e deve ser desestimulada desde a primeira infância.
Os maiores são bastante resistentes e podem participar de atividades como caminhadas e cooper sem se cansar facilmente.


Com crianças, deve-se tomar alguns cuidados, especialmente visando resguardar os cães. Os Spitz Pequeno e Anão não devem conviver com crianças muito pequenas ou agitadas, que em suas brincadeiras mais atrapalhadas podem facilmente vir a machucá-los. Portanto, caso a idéia seja adquirir um Spitz em uma casa com crianças pequenas, a supervisão dos pais é fundamental.Os Spitz estão classificados separadamente no ranking de inteligência elaborado por Stanley Coren em seu livro ‘A Inteligência dos Cães os Spitz Alemão Pequeno e Anão estão na 23a posição entre as 135 raças pesquisadas, enquanto que o Spitz-lobo (ou Keeshound) ocupa a 16aposição. Os Spitz Médio e Grande não constam da relação.
De maneira geral convivem bastante bem com outros cães e podem, desde que acostumados desde cedo, conviver com outros animais e até mesmo com gatos.

                                                                   FILHOTE

Os filhotes, assim como os adultos, impressionam pela delicadeza das formas e pela quantidade de pelos! 
Deve tomar especiais cuidados com os filhotes até que atinjam a maturidade, evitando que eles sofram quedas que possam comprometer o desenvolvimento de sua ossatura.
É uma boa fase para acostumar o filhote ao ritual da escovação, uma vez que durante sua vida adulta certamente será um hábito constante.
                                                                           

                                                                        
                                                                               TAMANHO



Os Spitz são classificados, segundo a entidade internacional à qual o Brasil é filiado, em 5 tamanhos distintos:

  • Spitz lobo: 50 cm, pode ter uma variação para mais ou para menos de 5 cm (admite-se até 60 cm, mas o aspecto geral não deve ser comprometido).
  • Spitz grande: 46 cm, pode ter uma variação para mais ou para menos de 4 cm.
  • Spitz médio: 34 cm, pode ter uma variação para mais ou para menos de 4 cm.
  • Spitz pequeno: 26 cm, pode ter uma variação para mais ou para menos de 3 cm.
  • Spitz anão: 20 cm, pode ter uma variação para mais ou para menos de 2 cm.
Os bons criadores evitam os cães menores que 16 cms uma vez que sua aparência geral e condição física pode ser seriamente comprometidas.

                                                                 PELAGEM

A pelagem exuberante do Spitz é composta por um pelo e sub-pelo abundantes e deve ser motivo de atenção para o proprietário. A escovação frequente é condição fundamental para que ele se mantenha sem nós e que não ‘cheire’.
Outra característica de sua pelagem é que, excetuando-se a fase normal da muda, o Spitz não perde pelos pela casa.
Normalmente os filhotes após os primeiros 3 ou 4 meses, passam por uma severa troca de pelos, deixando para trás a pelagem felpuda da infância e adquirindo a pelagem definitiva do adulto. No entanto, para que ele chegue a desenvolver sua pelagem plenamente, leva-se pelo menos 2 ou 3 anos.


                                             PROBLEMAS COMUNS A RAÇA

De maneira geral os Spitz são cães resistentes e que apresentam poucos problemas de saúde, chegando a viver em alguns casos até 15 anos.
No entanto, como a maioria das raças pequenas, os Pomeranias têm tendência a desenvolver problemas como:

  • Luxação da Patela
  • Problemas dentários. Neste caso o principal cuidado vai no sentido de garantir que a troca de dentes, que acontece normalmente em torno dos 6 meses, seja completa. Se o dente de leite não cair espontaneamente, o veterinário deve ser consultado. Outro problema comum é a tendência à formação de tártaro que apresentam. Esse problema é facilmente contornado a partir de um programa de higiene freqüente e visitas regulares ao veterinário para controle.
  • Dermatites: menos comuns do que se poderia imaginar diante da quantidade de pelos, devem ser cuidadas rapidamente e por um profissional evitando assim que causem a perda de pêlo ou  formação de feridas na pele.







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