segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Afghan Hound

                          HISTORIA


A origem do Afghan Hound, considerada uma das mais belas e exóticas entre todas as raças, é muito antiga e perde-se no tempo. Por isso mesmo, sobram lendas a respeito da raça, que teria sido, segundo relatos, o representante da espécie canina na arca de Noé.

Alguns historiadores baseiam-se em um manuscrito chinês para provar que o Afghan, conhecido como Tazi em seu país de origem, seria o descendente direto dos primeiros canídeos que habitavam as estepes asiáticas 100 mil anos antes da era cristã.
A palavra Tazi, utilizada pelos afegãos para o nome da raça também significa ‘rápido’ ou ‘branco’ e também seria o nome de uma cidade entre Ghazni e Kandahar, que o sultão Muhmud de Ghazni havia dedicado aos Afghans que teriam ajudado a conter uma invasão hindu.


Todas essas hipóteses na verdade dificilmente serão passíveis de comprovação, mas dão uma boa idéia do fascínio que estes cães despertam.
O que parece certo é que o Afghan foi abordado, pela primeira vez, numa aquarela publicada na obra de Thomas D Broughton, chamada ‘Cartas escritas em um campo de Mahratta’, em 1809.
O primeiro Afghan ‘real’ chegou à Inglaterra em 1907, levado pelo capitão John Barff e exposto no Palácio de Crystal em outubro daquele mesmo ano.
Outros cães começaram a chegar à Europa a partir daquela data e provocaram grande discussão entre os criadores, uma vez que o tipo físico deles era bastante heterogêneo, chegando-se mesmo a considerar a divisão da raça em duas, em 1962. A proposta de divisão foi feita por uma juiza baseando-se nas diferenças entre os afghans ‘do deserto’, também chamados de ‘bell murray’ e os afghans ‘das montanhas’, ou ghazni. A principal diferença entre os dois tipos era o tamanho dos cães, sendo que os do ‘deserto’ eram muito maiores do que os ‘da montanha’ e os ‘da montanha’ tinham uma pelagem muito mais longa do que os ‘do deserto’. De qualquer forma, o padrão oficial do Afghan, escrito apenas em 1933, contemplava os dois tipos físicos.

                                  PERSONALIDADE




O Afghan Hound, até em função de suas atividades originais, que obrigavam que ele mesmo tomasse suas decisões, não é um cão de atitudes submissas e devotadas. Isso não quer dizer que ele não se apegue aos donos, mas sim que só vai obedecer se quiser.
Para aqueles que esperam um cão que siga o dono pela casa, o Afghan é totalmente contra-indicado. No entanto para aqueles que desejam um cão mais independente, que não fique pedindo carinho e solicitando atenção, o Afghan pode ser uma boa pedida. Alguns criadores sintetizam esse traço de comportamento afirmando que o Afghan tem um comportamento muito mais ‘felino’ do que canino.
É um cão bastante tranquilo, que pode até viver em pequenos espaços, mas que precisa fazer exercícios regulares para se manter saudável e em forma, uma vez que sua estrutura física foi moldada para esta finalidade.
Não costuma latir em excesso. O relacionamendo do Afghan com crianças é controverso e normalmente os criadores afirmam que a disposição de brincar e respeitar crianças varia muito de acordo com cada exemplar, o mesmo valendo para o convívio com outros cães e gatos... Alguns podem conviver relativamente bem e outros não. Agora... com certeza é melhor evitar a presença de roedores na mesma casa, uma vez que em sua origem o Afghan era, antes de mais nada, um caçador e são grandes as chances de acontecer um ‘acidente’.
Na classificação do pesquisador Stanley Coren, em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, o Afghan é o último colocado. Isso não quer dizer que a raça seja ‘burra’, mas que simplesmente que eles não fazem a menor questão de obedecer a comandos.

                                                              O FILHOTE


O filhote de Afghan passa por uma transformação total até chegar aos dois anos. Logo que nasce não lembra nem de longe a elegância de um adulto. Tem a cara chata, focinho curto e poucos pelos.
Aos poucos, começa a ‘parecer’ um Afghan e a partir dos 3 meses fica mais fácil de identificar as características da raça.
Como todos os filhotes, o Afghan precisa, desde cedo, perceber quais são os seus limites de maneira clara. Especialmente devido ao seu temperamento independente, aulas de obediência devem ser feitas preferencialmente pelo proprietário e de maneira que o filhote sinta-se estimulado constantemente, caso contrário as aulas podem ser uma grande frustração para o proprietário.


Não se deve perder de vista o fato de que o Afghan tem um temperamento muito típico, mas que corretamente estimulado pode ser um cão bastante obediente.
Um dos principais cuidados que se deve ter com o filhote é proporcionar bastante atividade física, mas nunca se deve soltar um afghan (mesmo depois de adulto), num espaço sem proteção de grades, caso contrário o cão pode facilmente escapar e será muito improvável que o proprietário consiga alcançar um Afghan correndo.
Caso o cão more em casa com quintal, deve-se ter o cuidado de aumentar o muro para uma altura segura. Afghans conseguem pular grandes alturas com relativa facilidade. 


                                             PROBLEMAS COMUNS A RAÇA

Normalmente os Afghans são cães fortes e resistentes, não havendo registro de doenças específicas da raça. No entanto, de maneira geral tem predisposição para desenvolver alguns problemas:
  • Otite – especialmente pelo formato de suas orelhas mais longas. A prevenção é basicamente feita com a limpeza semanal dos ouvidos para diminuir os riscos de infecção.
  • Tártaro e problemas de gengivite
  • Raquitismo – em função de seu rápido crescimento, está sujeito a raquitismo, que pode causar deformações ósseas e dificuldade na locomoção. Em filhotes é possível evitar ou corrigir a doença. Mas nos adultos não há cura.
  • Catarata juvenil – que pode levar o cão a ficar cego

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