sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Braco Italiano

                                         HISTORIA

Braco Italiano, também conhecido como Pointer Italiano é, provavelmente, uma das primeiras raças de cão de apontador nascidas dos antigos cães sabujos, ainda que existam opiniões divergentes sobre este ponto. Alguns historiadores sustentam que os primeiros bracos tenham sido desenvolvidos na Alemanha, mas existem fortes indícios de que estes cães já fossem conhecidos antes e em outras partes da Europa continental.

O que se pode afirmar com certeza é que devido à sua longínqua história, o Braco Italiano entrou na formação de diversas outras raças apontadoras, como o Pointer Francês, Vizla e o Spinone Italiano. Por esta razão é considerado o pai dos demais Bracos e foi muito apreciado pela nobreza européia, graças a sua habilidade como caçador de aves. Existem documentos dos séculos XV e XVI que descrevem os Bracos italianos exatamente como os conhecemos na atualidade. Na farta correspondência que circulou entre França e Itália na época do Renascimento, existem vários e precisos testemunhos sobre estes cães. Servem de exemplo as cartas de Catalina Sforza, Luís XII, Carlos Quinto, Francisco I e o marquês de Gonzaga. Em 1591, Erasmo da Valvason descrevem numa poesia um braço (chamado Braco de Bérgamo) branco com malhas laranja. Quanto a Benvenuto Cellini (1500-1571), representou um Braco Italiano num alto relevo que hoje se conserva no museu do Louvre.
E quase certeza que durante muito tempo conviveram na Itália dois tipos de braco, o Braco do Piamonte e o Braco da Lombardia. O primeiro, que era um cão de montanha muito grande e ágil, tinha a cabeça mais estreita e a testa mais alta que o Braco de planície. O segundo caracterizava-se por um aspecto mais robusto e uma cabeça mais larga. Tudo parece indicar que o Braco Italiano de hoje descende do cruzamento entre essas duas variedades, uma vez que, se o padrão atual exige força e agilidade ao mesmo tempo, elas são duas características evidentes destes dois tipos.
Rivana
Apesar de ainda ser pouco popular no mundo, o Braco Italiano têm despertado um interesse cada vez maior por parte em seu país, onde a caça é permitida e onde é utilizado tanto para caçar aves - sua especialidade - como também outros pequenos roedores. Vale dizer que por ser um trotador, só é usado em áreas pequenas, como prados, lavouras e bosques.
O primeiro padrão oficial do Braco Italiano, adotado em 1926, admitia duas cores: branco malhado e pintado de laranja (melado) ou de pardo (marrom avermelhado). Parece que a cor branca e laranja é tipicamente italiana; também é freqüente no Spinone (griffon italiano).
Após a Segunda Guerra, os italianos decidiram reerguê-lo e fundaram a Societá Amatore Bracco Italiano, atual responsável pelo seu padrão oficial. Iniciaram uma seleção para aprimorar as virtudes deste caçador, procurando alterar características físicas para melhorar a aerodinâmica e propulsão, dando mais leveza e velocidade ao trote, seu passo típico. Tais mudanças foram oficializadas na versão do padrão de 1990. Hoje, o Braco Italiano tem cabeça mais estreita, dorso mais reto e musculoso, tronco mais curto e garupa com inclinação adequada para aumentar o impulso das pernas traseiras.

                                                        PERSONALIDADE


Como todo bom caçador, ele se transforma diante de uma possível presa e fica de imediato na posição típica das raças que apontam a caça, com uma das pernas dianteiras erguidas e parado como uma estátua. Apesar das orelhas longas e do olhar pensativo, que lhe dão um ar sério, esse cão é superfesteiro e adora ficar perto dos donos. É obediente, gosta de agradar, é fácil de ser educado e possui uma excelente faculdade de entendimento.
No que diz respeito às aptidões para a caça, o Braço Italiano - diferente dos cães apontadores ingleses, rápidos e ágeis - é bem mais lento. Na realidade, é um trotador, e assim pode ser resumida toda sua ação na caça. Ao contrário do Pointer Inglês, por exemplo, que por sua conformação (músculos longos) está particularmente adaptado para a caça a galope, o Braco Italiano, com uma cabeça bem mais pesada por causa da sua anatomia, é antes de tudo um corredor de fundo. Além disso tem um temperamento que não o predispõe a corridas desenfreadas. Ao contrário dos barulhentos cães de aponte ingleses, que parecem ter sangue latino, encontramos um cão italiano que tem humor britânico (nem sempre se cumpre o ditado "tal cão tal dono").
Explora qualquer tipo de terreno de maneira meticulosa, prudente e aplicada. Esta lentidão, que muitos consideram como um inconveniente e que tem dificultado a sua aceitação pelo público, é compensada por sua grande eficácia. Ao longo dos últimos anos, os criadores italianos, conscientes da competência dos Setters e os Pointers, têm se dedicado a melhorar sua eficiência.

                              O FILHOTE

Os filhotes são incansáveis e adoram brincadeiras. Justamente por terem grande energia podem ser "arteiros" quando filhotes e precisam desde cedo que o dono imponha seus limites.
Aprende com facilidade os hábitos de higiene e com uma energia invejável são capazes de passar horas às voltas com as brincadeiras, especialmente aquelas que "simulam" a atividade de caça, como correr atrás de objetos.

Para aqueles que pretendem utilizar suas qualidades para caça, recomenda-se um treinamento específico, uma vez que é necessário que haja um "timing" perfeito com o caçador.
São bastante curiosos e seu olhar e comportamento demonstra isto claramente. Estão sempre dispostos a conferir tudo de novo que passa em seu caminho.
A cauda deve ser cortada em 1/3 durante a primeira semana de vida. Ambiente ideal: áreas espaçosas, onde possa se exercitar, senão fica irriquieto e infeliz.

                           PELAGEM

A pelagem do Braco Italiano é curta, cerrada e brilhante, mais fina e rasa na cabeça, nas orelhas, na face anterior dos membros e nas patas.
Aceito nas cores branco, branco com manchas maiores ou menores e de cor laranja ou âmbar, mais ou menos carregado, branco com manchas maiores ou menores de cor marrom, branco sarapintado de laranja pálido (melato); branco sarapintado de marrom (ruão marrom), nesta pelagem, é desejável reflexos metálicos, igualmente desejável o marrom de tonalidade quente (bata de frade); preferida a máscara simétrica na cabeça, tolerada a ausência da máscara.

                                        PROBLEMAS COMUNS A RAÇA

A raça é considerada geralmente saudável. São cães muito rústicos, com poucos problemas congênitos específicos. Como não se trata de uma raça muito popular, é importante verificar os ancestrais e o histórico do criador. .
  • Displasia coxo-femural




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