quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pequinês

                      HISTORIA



Conta a lenda que o Pequinês surgiu como o resultado do amor impossível de um leão por uma minúscula macaca. A história diz que, desesperado de amor, o leão foi pedir conselhos ao deus Hai Ho, que diante do desespero do leão ofereceu uma solução: se ele estivesse de acordo em sacrificar o seu tamanho em nome do amor à macaca, teria ajuda divina. O leão concordou de imediato e assim teria nascido o pequinês: com o tamanho, inteligência e doçura da mãe e a coragem e dignidade do pai.


Além da lenda, o que se sabe sobre a origem pequinês é que a raça teve sua origem na China, há mais de 4 mil anos, mas foi com a introdução do Budismo, no século II, que a raça ganhou o status de cão sagrado, simbolizando o "leão de Buda". Nesta época, como cão sagrado, o Pequinês vivia em completo isolamento na Cidade Proibida e os registros de nascimentos eram organizados pelos monges no Livro Imperial dos Cães.
A chegada dos Pequineses no Ocidente foi resultado do saque feito ao Palácio Imperial em Pequim pelas forças britânicas em 1860, quando muitos membros da realeza chinesa preferiram matar seus Pequineses a vê-los nas mãos de estrangeiros. Por isso, durante a aproximação das tropas inglesas, eles mataram quase todos os cães, antes de cometer suicídio.
Dos cinco animais sobreviventes encontrados pelos ingleses, todos de cores diferentes, o de duas cores (castanho e branco) foi presenteado à Rainha Victória no retorno à Inglaterra.
O primeiro padrão da raça foi redigido em 1898 e o primeiro clube da raça foi fundado na Inglaterra em 1904.
No Brasil, na década de 60, o pequinês era a raça mais popular entre as raças de companhia e, justamente por essa enorme popularidade, a raça sofreu considerável descaracterização, não apenas fisicamente, mas, principalmente, em termos de saúde e temperamento. E como resultado desta descaracterização, a raça praticamente sumiu após 10 anos.



                                                    PERSONALIDADE



Uma das principais características do temperamento do pequinês é sua ‘altivez’. É um cão muito independente e que vai exigir de seu dono uma boa dose de paciência e firmeza. Talvez essa seja a característica que explique porque, segundo a classificação do pesquisador Stanley Coren, em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, a raça ocupa apenas a 73 a posição.
Até em função de seu passado como ‘guardião de Buda’, são excelentes cães de alarme. Com os desconhecidos, pode demonstrar uma indiferença profunda e muitas vezes ignoram completamente as pessoas que não fazem parte de seu cotidiano. Muitos fãs da raça acreditam que seja o Pequinês o cachorro que tem o comportamento mais parecido com o dos gatos.
Por seu tamanho e estrutura física não é um cão que precisa (ou deva) fazer exercício em excesso.


                                                           
                                                           O FILHOTE



Valente e destemido, o Pequinês é um cão que dificilmente se acanha diante de um cão maior. Por isso, é conveniente socializá-lo desde filhote para que possa conviver bem com outros animais.
Seu temperamento às vezes distante não recomenda-o como cão de companhia para crianças, que podem machucá-lo ou irritá-lo com suas brincadeiras mais desajeitadas.














                                                                        PROBLEMAS A RAÇA



Um dos principais cuidados que o dono deve ter com o pequinês diz respeito ao calor. Como os cães tem uma pelagem abundante e devido à sua estrutura física peculiar, não se adaptam bem à climas muito quentes.
Outro ponto fraco da raça são os olhos. Como os olhos do pequinês são proeminentes ficam muito expostos e por isso os cuidados devem ser redobrados.
Problemas de coluna também são freqüentes. Para evitá-los, o melhor é adotar medidas preventivas, como desencorajá-los a pular grandes alturas ou mesmo evitar que suba escadas freqüentemente. Um dos piores males que atingem a raça é a compressão medular, ou síndrome do Dachshund, que tem como conseqüência a paralisia completa dos membros posteriores.










  



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Poodle

                             HISTORIA


O Poodle é, sem dúvida, uma das raças mais populares em todo mundo e isso se deve a diversos fatores, entre eles a própria antigüidade da raça, que, segundo vários historiadores é conhecida há 6 séculos.
Apesar de a origem do Poodle ser atribuída à França, onde são chamados de "Chien Canne" ou "Caniche", aparentemente o berço da raça é mesmo a Alemanha, onde é chamado de "Pudel", derivado de palavra "pudelin" que significa "jogar-se na água". De qualquer forma, foi na França que o Poodle desenvolveu sua estrutura atual e onde, freqüentando as cortes dos reis franceses desde Luis XIV, ganhou a popularidade que desfruta hoje.
O Poodle era, originalmente, usado para a caça aquática, onde desempenha a função de recuperar as aves abatidas que caiam na água. Foi também utilizado pelos franceses e ingleses como ‘cão trufeiro’, com a missão de utilizar seu excelente olfato para descobrir trufas debaixo da terra.
Mas foi como cão de companhia que o Poodle se tornou uma das estrelas da cinofilia, estando entre as raças de maior número de registros em diversos países (veja ranking), inclusive no Brasil, onde estima-se que represente mais de 17% da população canina (dados de 1997).
Infelizmente, a popularidade trouxe à raça uma série de problemas, desde físicos até de temperamento, muitos deles ocasionados por acasalamentos não recomendados e falta de rigor dos ‘fabricantes de filhotes’.
Esse quadro de alta popularidade X baixa qualidade dos cães produzidos parece ser uma ‘sina’ da raça, que já foi a mais popular dos EUA na década de 80, perdendo este status justamente em função dos inúmeros problemas que apresentavam esses ‘Poodles’. No Brasil, o quadro da criação nacional apresenta também diversos problemas. Diante da quantidade de cães registrados seria de se esperar que muitos participassem de exposições, mas no entanto, a presença de criadores é bastante pequena o que enseja o crescimento, também aqui, dos ‘fabricantes de filhotes’ que se aproveitam da falta de conhecimento da grande maioria das pessoas e comercializam exemplares que pouco ou nada respeitam os padrões da raça, quer quanto à cor, tamanho e, especialmente, temperamento dos cães.


                                                    PERSONALIDADE


O Poodle é um cão extremamente inteligente. Segundo Stanley Coren, autor do livro a "A Inteligência dos Cães", a raça ocupa o segundo lugar no ranking de obediência para o trabalho, abaixo apenas do Border Collie (o cão que aparece no filme Babe, o porquinho). Isso explica o fato de que a maioria dos cães de shows, circos, etc pertençam à raça, uma vez que são cães que aprendem muito rápido e fixam de maneira muito consistente as lições aprendidas.
Mas, não foi apenas a sua inteligência, que levou o Poodle a conquistar destaque como cão de companhia. Seu temperamento brincalhão, divertido e afetuoso fizeram com que se tornasse praticamente um paradigma para os cães de companhia.
Apesar de todas as qualidades intrínsecas à raça, e como conseqüência da baixa qualidade da criação, muitos exemplares apresentam problemas sérios de comportamento, chegando mesmo a apresentar traços de agressividade contra o próprio dono e com outras pessoas, desobediência, teimosia, excesso de ‘zelo’ quanto a objetos, isso sem falar do altamente indesejável excesso de latidos. Segundo diversos criadores, a maioria dos problemas de temperamento dos Poodles atinge de maneira mais evidente os exemplares dos tamanhos menores (toy e micro), justamente os mais comercializáveis.
No entanto, além dos cuidados quanto à procedência do cão, é extremamente importante ressaltar o papel do dono na educação do cão: por ser o Poodle extremamente inteligente, também é capaz de aprender que, se ele adotar comportamentos ‘dominantes’ em relação ao dono acaba sendo atendido. E é aí que o dono, procurando ‘agradar’ seu cão acaba por reforçar estes desvios de personalidade.


                                                          O FILHOTE


O filhote desde cedo deve apresentar as características do cão adulto, não apenas quanto à estrutura física (quadradinha) como também quanto ao temperamento.
A cor do filhote é outro aspecto importante: é comum que a tonalidade dos cães fique mais clara com o passar do tempo, mas de qualquer maneira, a pelagem deve ser sólida, sem manchas.
Outro cuidado importante na aquisição dos filhotes diz respeito ao TAMANHO que ficará quando adulto. Para evitar decepções, é sempre recomendável que antes de se adquirir um filhote se faça uma visita aos pais da ninhada. Normalmente, o tamanho dos pais é um bom parâmetro para o dos filhotes.



                                                    TOSA DO CÃO


A pelagem farta do Poodle lhe rendeu o título de "campeão quanto às formas de se tosar". Só para se ter uma idéia, o livro "The Complete Poodle Clipping & Grooming" ilustra 54 tipos de corte.
Segundo diversas fontes, as formas de tosar o pelo dos Poodles era diretamente vinculada às atividades que desenvolvia. O corte conhecido como "leão" (retirada do pelo dos quadris, deixando pelo farto em volta dos peito e dos joelhos) foi criado para aliar proteção, e versatilidade na água, à beleza e equilíbrio do cão.
Entre os tipos mais comuns estão a Tosa de Verão, Carneirinho (não aceitas para apresentação em exposição), a Leão e a Moderna (aceitas em exposição).
Uma característica curiosa é que, apesar do pelo crescer mais rapidamente que o das outras raças, o Poodle não perde pelos como os outros cães. Mas mesmo com essa ‘facilidade’ é preciso cuidados especiais com a pelagem do Poodle. O ideal é que receba escovação diária para evitar nós, banhos e tosa regulares. Além de uma atenção extra para não deixar o pelo molhado e evitar assim, o aparecimento de fungos e outros problemas de pele.


                                                          PROBLEMAS A RAÇA


Um dos principais problemas de saúde que afeta os Poodles é a Otite (inflamação do ouvido), propiciada pela posição ‘caída’ das orelhas e dos tufos de pêlos dentro delas, que retém umidade. A prevenção é feita basicamente evitando que entre água durante o banho, e através de procedimentos regulares de higiene.
Além da otite, a raça é especialmente sensível a:
  • Luxação da Patela – um deslocamento do osso do joelho, comum em raças pequenas, que causa dor e dificuldade para andar.
  • Displasia - má formação no encaixe da cabeça do fêmur com a bacia. Essa má-formação é mais característica em raças grandes, mas pode aparecer também nos Poodles.
  • Atrofia Progressiva da Retina – que consiste na perda gradual da visão podendo levar o cão à cegueira total. Segundo dados do clube americano da raça, 25% dos Poodles desenvolvem a doença para a qual não há tratamento.
  • Dentição dupla – recomenda-se a extração dos dentes de leite, por favorecer o desenvolvimento do tártaro.
  • Outra característica comum em cães brancos são as manchas na pelagem sob os olhos, causadas pelas lágrimas.







American Staffordshire Terrier

                                    HISTORIA


A origem recente do American Staffordshire Terrier é relativamente bem conhecida. O American é uma ‘re-leitura’ norte-americana do Staffordshire Bull Terrier, uma raça bastante antiga, cuja origem está vinculada à região de Staffordshire na Inglaterra. Apesar desta antiguidade, só foi aceito como raça independente em 1936. Um dos primeiros cães a serem aceitos pelo AKC foi Pete the Pup, (nome ‘verdadeiro’ de Lucenay's Peter) e que ficou muito famoso como personagem do seriado cômico "Our Gang" no início dos anos 30.
Esta re-leitura dos americanos fez com que o Staffordshire Bull Terrier passasse por algumas mudanças essenciais, entre elas o tamanho: os Americans são maiores do que os Staffordshire Bull Terrier e possuem mandíbulas mais bem desenvolvidas.
Em sua origem os Staffordshire Bull Terrier foram desenvolvidos para a função de cães de luta e, para isso, os criadores utilizaram entre outros, diversos Terries e Bulldogues. O objetivo foi plenamente alcançado e a raça Staffordshire Bull Terrier ganhou enorme popularidade na Inglaterra, enquanto as lutas foram permitidas oficialmente, até o século XIX.
Da Inglaterra os Staffordshire Bull Terrier foram exportados para os Estados Unidos e tem-se início uma nova fase no desenvolvimento dos American Staffordshire Terrier, especialmente quanto à sua estatura, culminando com a troca do nome da raça para o atual.
O desenvolvimento dos American Staffordshire Terrier está intimamente ligado ao de outra raça: os Pitt Bull Terrier. Tanto isso é verdade que o proprietário de um legítimo American Staffordshire Terrier pode registrar o seu cão no American Pit Bull Terrier enquanto que o inverso não é permitido.
A principal motivação para esta ‘cisão’ é a evolução da própria criação de cães, que passou a dar mais valor aos cães equilibrados e de boa conformação que pudesse freqüentar as exposições de beleza e estrutura. Assim, os criadores passaram a valorizar mais os cães cujo temperamento fosse mais previsível e adaptado a convivência com outros animais. Com esse objetivo em mente, a seleção tornou-se mais criteriosa, excluindo-se as linhagens de temperamento mais belicoso, bem como aqueles que apresentavam tendência a desenvolver problemas genéticos como surdez.


                                                          PERSONALIDADE



Como todos os Terriers, os American Staffordshire Terrier são cães especialmente corajosos e com altas doses de energia. Ao contrário do que a maioria dos Terriers, no entanto, são quietos e não latem desnecessariamente.
De maneira geral, são cães bastante dominantes – provável herança do seu ancestral inglês – e por essa razão devem ter donos muito experientes e, sobretudo, responsáveis. Os bons cães, ou seja, aqueles criados levando-se em conta os critérios adequados quanto ao temperamento e conformação, são bons guardas sem serem excessivamente agressivos.
São cães muito ligados aos seus donos e sua resistência faz com que sejam excelentes companheiros para atividades físicas. São bastante inteligentes e na classificação do estudioso Stanley Coren, publicada no livro ‘A Inteligência dos Cães’, ocupam a 34ª posição entre 135 raças pesquisadas.
Ao contrário dos Pitts, os American Staffordshire Terrier podem conviver melhor com outros cães, mas esta característica deve ser estudada de acordo com a linhagem de que provém o cão.
São bastante tolerantes com crianças, mas até em função de seu porte físico, não devem ser deixados sem supervisão uma vez que durante as brincadeiras podem vir a derrubá-las.


                                                             O FILHOTE



Como todo terrier, os American Staffordshire Terrier precisam ser estimulados à obediência desde cedo, caso contrário podem desenvolver um traço forte de personalidade dominante e sair do controle do dono.
Também é fundamental a socialização do filhote não apenas com outros cães como também com pessoas e ambientes.
O adestramento básico de obediência é quase obrigatório para os cães que possuem estas características de dominância e atividade e de maneira geral os resultados aparecem tanto mais rápido quanto maior for o envolvimento do dono no processo de treinamento.
Assim como os adultos, os filhotes possuem uma enorme capacidade de resistência e disposição para brincadeiras. Por isso é recomendado que possuam espaço para exercitar-se e desenvolver-se não apenas física como mentalmente.



                                                    PROBLEMAS A RAÇA


O American Staffordshire Terrier não preocupa muito seus donos com relação à sua saúde. Além de seu pelo curto exigir poucos cuidados para se manter limpo, não há registros de problemas específicos da raça.






















Setter Irlandês

                               HISTORIA


A origem do Setter Irlandês é um dos muitos mistérios que cerca o desenvolvimento das raças caninas. Não se sabe ao certo quando começou a desenvolver-se como raça independente. Há algum consenso apenas quanto à utilização dos Spaniels para a sua constituição, uma vez que este tipo de cão era bastante comum na Irlanda. Da mesma forma, não se sabe quando começaram a ser levados para o continente, onde se disseminaram por toda a Europa.
Inicialmente o Setter Irlandês não era exatamente como o conhecemos hoje, especialmente quanto ao aspecto da sua pelagem. Na sua origem, o Setter era um cão branco e vermelho (atualmente o Setter Irlandês Vermelho e Branco é reconhecido como raça independente) e foi a partir do trabalho de seleção de um renomado criador, Maurice O’Connor por volta de 1770, que a raça fixou a sua mais marcante característica.
Por sua pelagem exuberante e porte aristocrático o Setter Irlandês é considerado como sendo uma das mais belas raças da cinofilia, o que lhe garantiu sempre uma presença marcante nas exposições caninas. A primeira exposição realizada em Birmingham em 1860 teve como vencedor um Setter Irlandês.

Mas nem só de beleza vive o Setter. A raça foi desenvolvida primordialmente para a caça, esporte para o qual ele está extremamente bem preparado, com um faro excepcional e grande velocidade, o que facilita o trabalho de procura da caça. Na função de caçador, o que caracteriza o Setter é a forma pela qual ele indica a existência da caça. Ele sentava e esperava a chegada do seu caçador. Daí vem o nome da raça, apropriando-se do verbo em inglês "to set" (destacar, apontar, designar, prender, FICAR FIRME, tender).
Todas essas características tornaram o Setter muito popular em todo mundo, tendo como fãs famosos, o ator Rock Hudson e o ex-presidente dos EUA, Richard Nixon, e, no Brasil, conta com a admiração poética do escritor Carlos Heitor Cony, que teve 2 fêmeas da raça e para elas escreveu várias crônicas publicadas em diversos jornais.



                                                        PERSONALIDADE


O Setter é um cão cuja maior característica é a energia. É um cão sempre disposto à atividade e extremamente brincalhão. Adapta-se facilmente à presença de crianças e é considerado praticamente incansável, mesmo quando está exercendo suas atividades como caçador.
Muito leal ao dono, o Setter é um cão que precisa de exercícios sempre e o seu confinamento pode trazer à tona todo o potencial destrutivo do cão, por isso não se pode dizer que seja um cão que se adapte à vida em um apartamento.
Por sua função na caça, em estreita relação com o homem, os Setters são cães mansos mas, ao mesmo tempo, podem funcionar como cães de alarme, uma vez que costumam latir para ruídos suspeitos.
A lealdade característica da raça tornou-se notícia quando, uma Setter especialmente adestrada em um centro de treinamento para cães que moram com doentes, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, ao ouvir o alarme que indicava problemas com o aparelho de oxigênio, que controlava a respiração da norte-americana Judi Bayly, tirou o telefone do gancho e pressionou a tecla programada para discar o número dos bombeiros locais. Com seus latidos, acionou uma equipe de paramédicos que chegou ao local em poucos minutos, salvando a vida de sua dona.
O Setter Irlandês está na 34a posição do ranking de inteligência do estudioso Stanley Coren, publicado no livro "A Inteligência dos Cães". Por isso, e por ser um cão considerado bastante agitado e até mesmo teimoso, o adestramento de obediência é uma condição fundamental para um convívio agradável com o Setter.
Outro consenso quanto ao Setter diz respeito ao seu potencial afetivo: é um cão que, a despeito de toda a agitação, é capaz de passar horas deitado ao lado de seu dono.



                                                              O FILHOTE



Assim como o cão adulto, o filhote é um poço de energia e curiosidade. No livro Perfect Puppy que compara 56 raças pontuando-as de um a dez em vários comportamentos, o Setter ganha nota máxima em atividade geral, que é definido como o quanto o cão se move ou corre sem ser estimulado.
Por isso mesmo o treinamento de obediência deve começar o mais cedo possível, buscando aproveitar as qualidades do cão e, especialmente, sua energia. Não é à toa que muitos setters se destacam em desempenhos magníficos nas provas de agility.




                                                         PROBLEMAS A RAÇA



As orelhas requerem atenção especial. Como são longas estão mais propensas à otite, pois ficam abafadas, retendo umidade e aumentando a produção de cera. Por isso, devem ser limpas semanalmente.
Outros problemas comuns à raça são:
  • Atrofia Progressiva da Retina – degeneração das células da retina e que causa cegueira
  • Displasia – má formação do encaixe entre os ossos da bacia e fêmur
  • Torção gástrica
  • Hipotiroidismo
  • Epilepsia












Setter Gordon

                             HISTORIA



A origem do Setter Gordon é cercada por controvérsias e perde-se no tempo, uma vez que são cães antigos e cujo desenvolvimento racial é difícil de estabelecer dada à falta de dados precisos sobre as raças que foram utilizadas para sua formação. A teoria mais aceita para a origem dos Setters é que eles tenham sido originados inicialmente a partir do cruzamento de spaniels espanhóis e pointers franceses, sendo utilizado como cão de apoio na caça com o uso de redes de chumbo, ao invés dos falcões, o que pode explicar sua maneira características de ´apontar´ a presa. Diversos caçadores em diversas partes das Ilhas Britânicas passaram a desenvolver suas linhagens com as mais variadas cores e aceita-se que na Escócia eram desenvolvidos cães de pelagem preto-afogueada. Outros acreditam que tenha havido o cruzamento de Pointer ou do Grand Spaniel Continental e até mesmo do Bloodhound.
No final do século XVIII, o duque Alexander de Gordon começou a selecionar em seus canis um tipo particular de setter, à base de cães que apresentavam as cores pretos e canela ou tricoloes irlandeses. Uma das lendas que cerca a raça é que o duque de Gordon teria uma cadela Collie de pelo preto cujo faro era excepcional e que esta cadela teria sido acasalada com os machos disponíveis, contribuindo assim para a formação da raça. O objetivo do duque era a criação de um cão rústico, mas que fosse capaz caçar o galo silvestre, cuja aproximação é muito difícil. Além do trabalho desenvolvido nos canis de Gordon, outros criadores buscavam cães parecidos e a partir deste trabalho em conjunto, chegaram ao Setter Gordon.
No início do século XIX, todos os Setters Gordon eram pretos e cor de canela, mas nem todo setter com essas marcas era considerado um Gordon verdadeiro, já que essa marcação e pelagem era conseguida por diversos criadores em regiões distintas. Após a consolidação da raça, veio o sucesso nos campos e com ele a possibilidade de expansão da presença raça em diversos países, especialmente na França, onde o próprio Napoleão tinha um cão com o qual caçava habitualmente.
Em 1870, no entanto, chegam ao fim as grandes caçadas imperiais, levando à raça a um certo esquecimento, por 30 a 40 anos, quando, especialmente os caçadores franceses voltaram a investir na raça, uma vez que se trata de um cão extremamente resistente e que desempenha bem suas funções numa grande variedade de terrenos e a muitos tipos de caça.
O Setter Gordon é considerado o maior e ao mesmo tempo, o menos popular dos settters, o que também acontece no Brasil, onde é normalmente utilizado como cão de companhia.



                                                        PERSONALIDADE


O Setter Gordon é um cão muito atlético e dócil. Trata-se de um cão essencialmente equilibrado - menos agitado do que o Setter Irlandês - e mais discreto do que o Setter Inglês. Não costuma fazer festas efusivas a desconhecidos, mesmo que sejam apresentados pelos proprietários.
Seu porte grande e necessidade real de exercícios, fazem com que sejam cães ideais para quem possua um belo terreno em que possam gastar sua energia.
No campo, mostra uma excelente disposição e um faro invejável. Os amantes da caça e da raça são unânimes em afirmar o quanto a raça é capaz, com instintos muito preservados e uma ´parada´ natural e segura. Uma vez que foi desenvolvido para não apenas apontar a caça mas também trazê-la ao caçador, tem uma enorme facilidade em nadar, no que é ajudado pela força muscular.
Extremamente ligado ao dono, é um daqueles cães que elegerá um dono principal dentro do ambiente doméstico. É um cão tranquilo, que gosta de carinho e atenção mas prefere um tipo menos agitado e violento de brincadeiras. Adaptam-se bem à diversas situações e ambientes.
São bastante inteligentes e na classificação do estudioso Stanley Coren, publicada no livro ‘A Inteligência dos Cães’, ocupam a 34ª posição entre 135 raças pesquisadas.
Por sua docilidade, podem ser excelentes companheiros para crianças e normalmente se dão bem com outros cães. Banhos semanais e escovações frequentes são a receita para manter a pelagem saudável do Setter Gordon.



                                                                O FILHOTE


Costuma-se frisar que o Setter Gordon tem um amadurecimento tardio, podendo manter atitudes infantis até bem tarde. Os filhotes não são considerados ´adultos´ até que completem 2 anos de idade e os criadores recomendam também que, até que eles atinjam esta idade não sejam exercitados de maneira muito rígida uma vez que seu esqueleto ainda pode sofrer com esforços excessivos, especialmente em se tratando de uma raça de porte grande.
Um hábito que deve ser cultivado desde cedo é a escovação, uma vez que a pelagem longa do Setter Gordon precisa ser escovada com grande  freqüência.Os filhotes possuem um alto nível de atividade e por isso aulas de adestramento básico são muito bem vindas.


                                                      PROBLEMAS A RAÇA



Devido à sua rusticidade, o Setter Gordon quase não necessita de cuidados especiais para se manter saudável. Mas alguns cuidados são fundamentais para mantê-lo em boa forma:
  • Problemas auditivos
  • Displasia coxo-femural, má formação do encaixe da cabeça do fêmur com a bacia.
















Schnauzer Miniatura

                                   HISTORIA


Originário da Alemanha, o Schnauzer Miniatura (ou Anão) é uma raça relativamente recente, tendo sido desenvolvida a partir do Schnauzer Standard (ou médio) e reconhecida como raça independente apenas em 1895. A teoria mais aceita é de que o Schnauzer Miniatura seria o resultado do cruzamento do Schnauzer Standard com o Affenpincher. Outra teoria afirma que o responsável pela ‘diminuição’ do tamanho do Schnauzer teria sido o Pinscher, teoria essa que se baseia também no fato de que no início os Schnauzer Miniatura era chamados de Pinchers de Pelo Duro.
Os primeiros exemplares da raça eram predominantemente dourados, sendo igualmente comum o aparecimento nas ninhadas de exemplares com manto cinzento e preto e mesmo tan, e mais raramente o preto. Foi a partir desta variedade que os criadores selecionaram seus cães para fixar as características que mais lhes agradavam, especialmente quanto ao manto prateado.
O Schnauzer Miniatura ganhou popularidade internacional a partir da Segunda Guerra Mundial, chegando mesmo a ultrapassar o Schnauzer Standart em número de registros.


                                                      
                                                    PERSONALIDADE


Apesar de fazer parte do grupo de cães de guarda (nos Estados Unidos e Canadá, é classificado junto com os Terriers), o Schnauzer Miniatura é muito apreciado como cão de companhia. Extremamente dedicado aos donos, o Schnauzer Miniatura tem personalidade forte e muita energia.
Seu porte reduzido e a coloração única de sua pelagem talvez tenham sido os grandes responsáveis pela sua popularização. Em 1997, foi a 7a raça mais registrada na Espanha, e segundo dados de 1996, era a 6a raça mais registrada no Canadá no Canadá e a 17a no Brasil.
Alerta e corajoso, o Schnauzer Miniatura não deve ser um cão que late em excesso ou à toa sendo muito usado como cão de alarme. Tanto assim que está na 5acolocação entre os 10 mais eficientes cães de alarme do livro ‘A Inteligência dos Cães’ de Stanley Coren.
Ainda segundo o mesmo pesquisador, o Schnauzer Miniatura está na 12a posição no ranking geral de inteligência para o trabalho. Mas o dono deve ter pulso firme, porque a facilidade de aprendizado tem dois lados: o Schnauzer Miniatura aprenderá com rapidez o que convém e, o que não convém.
Apesar de ser um cão de ‘guarda/alarme’, o Schnauzer Miniatura deve ser socializado cedo para que não se torne um cão briguento. O mesmo alerta vale para o seu relacionamento com as crianças e outros cães: se for acostumado a elas desde cedo, será um excelente companheiro, mas não gosta de brincadeiras ‘abrutalhadas’ às quais pode reagir.
Por sua resistência, agilidade e capacidade de aprendizagem, muitos Schnauzer Miniatura destacam-se na prática do agility, esporte que pode contribuir para estabelecer um melhor controle pelo dono.



                                                           O FILHOTE



O filhote nasce com a pelagem escura, mas pode-se verificar a ‘futura’ cor a partir do exame do subpêlo for: 1) claro - é um sal e pimenta e clareará até atingir a cor definitiva por volta dos 8 meses; 2) preto - um preto e prata se tiver as marcações características. O filhote deve ter o corpo quadrado, os olhos escuros e o nariz deve ser preto. O corte do rabo deve ser feito na primeira semana de vida.
Segundo a especialista em comportamento canino Claudia Pizzolatto, os filhotes "mudam muito pouco a sua personalidade em função do ambiente em que vive" e assim, muito cedo é possível avaliá-lo quanto aos aspectos de personalidade.
Por serem cães bastante ativos e inteligentes, é muito importante que o dono imponha-se desde cedo e corrija imediatamente os comportamentos inadequados, como latir em excesso e morder.
Aulas de obediência também podem ser bastante proveitosas especialmente considerando sua capacidade de aprender rapidamente.
Em termos de manutenção, os Schnauzer Miniatura necessitam apenas de uma tosa regular que mantenha limpa e saudável a sua pelagem e escovação semanal. Não costuma perder pelo e nem tem cheiro forte.



                                                             PROBLEMAS A RAÇA



Os problemas mais comuns ao Schnauzer Miniatura são:
  • Atrofia Progressiva da Retina que pode causar cegueira.
  • Infecções urinárias e renais – os sinais mais comuns são uma alta freqüência de urina e o aparecimento de sangue na urina. Há muitos casos de cães que desenvolvem pedras nos rins.
  • Pancreatite – aparentemente associado ao fato de os Schnauzer Miniatura apresentarem alto teor de gordura no sangue. Os sintomas mais comuns são o vômito e a diarréia. Alguns apresentam ainda fortes dores abdominais, causando letargia e depressão.
  • Síndrome de Cushing – as fêmeas são mais suscetíveis do que os machos e os sintomas são aumento da ingestão de água e urina e ganho de peso.
  • Hipotiroidismo – geneticamente herdada, afeta o metabolismo causando depressão, aumento de peso e perda de pelo.








Schnauzer Standard

                                                                                                    HISTORIA



Originário da Alemanha, o Schnauzer Standard foi a matriz para as duas outras variedades da raça (Miniatura e Gigante). De acordo com uma teoria exposta no The Complete Dog Book, a raça, na verdade, teria como origem os Pinschers e seriam inicialmente conhecidos como Pinchers de Pelo Duro. Há também uma grande polêmica envolvendo o próprio termo Schnauzer, que, algumas correntes defendem que seja uma palavra inglesa e não germânica. De qualquer forma, o termo foi reconhecido oficialmente em 1907, com a criação do Bavarian Schnauzer-Klub, em Munique. O primeiro padrão da raça desenvolvido pelos alemães, levava em consideração a influência dos chamados ´pinschers´, que eram encontrados em toda a Alemanha e exercendo uma grande variedade de funções.
Apesar de ser a ´matriz´ das demais variedades, o Schnauzer Standard perdeu terreno para os miniaturas após a Segunda Guerra Mundial, quando estes passaram a superar seus ancestrais em número de registros.


                                                       
                                                            PERSONALIDADE



Os três Schnauzers pertencem ao grupo de cães de Guarda no sistema da FCI e primam pela versatilidade de funções e pelo temperamento alerta e pela fidelidade ao seu dono. Enquanto o Miniatura é muito apreciado como cão de companhia, o Stantard - devido ao seu porte - pode exercer, realmente, as funções de cão de guarda.
Extremamente dedicado aos donos, o Schnauzer é um cão de personalidade forte e muita energia, que precisa de um dono experiente. Apesar de não solicitar tanto a presença física de seu dono, pode-se dizer que é um cão que estará sempre por perto.
Vivaz, resistente e muito corajoso, o Schnauzer não deve ser um cão que late em excesso. No livro ‘A Inteligência dos Cães’ de Stanley Coren, o Schnauzer Standard está na 18a posição no ranking geral de inteligência para o trabalho, e é capaz de exercer uma grande variedade de funções, como cães farejadores, pastores e até exercer a atividade de busca e salvamento de vítimas.
Menos ativo e latidor do que a versão Miniatura, o Schnauzer Standard é também um cão atlético e muito resistente, podendo acompanhar seu dono em praticamente qualquer atividade. Devido ao seu forte instinto de guarda, deve ser socializado desde bem cedo para que não se torne um cão briguento.
Com crianças, até por seu porte maior, deverá ser mais tolerante, mas é sempre importante lembrar que qualquer cão deve ser acostumado com crianças desde cedo e que deve-se evitar que crianças muito pequenas brinquem sem supervisão de adultos.
Por sua resistência, agilidade e capacidade de aprendizagem, muitos Schnauzer destacam-se na prática do agility, esporte que pode contribuir para estabelecer um melhor controle pelo dono.
Os Schnauzer Standard só apresentam duas variedades de cores: o tradicional sal e pimenta, a cor mais comum e o preto, sendo este mais raro.


                                                       
                                                           O FILHOTE



O filhote nasce com a pelagem escura, mas pode-se verificar a ‘futura’ cor a partir do exame do subpêlo for: 1) claro - é um sal e pimenta e clareará até atingir a cor definitiva por volta dos 8 meses; 2) preto - um preto e prata se tiver as marcações características. O filhote deve ter o corpo quadrado, os olhos escuros e o nariz deve ser preto. O corte do rabo deve ser feito na primeira semana de vida. O novo padrão definido pelo Clube Alemão da raça, proíbe o corte de rabos e orelhas mas admite que seja feito em países em que não haja uma proibição, caso do Brasil.
Por serem cães bastante ativos e inteligentes, é muito importante que o dono imponha-se desde cedo e corrija imediatamente os comportamentos inadequados, como latir em excesso e morder.
Aulas de obediência também podem ser bastante proveitosas especialmente considerando sua capacidade de aprender rapidamente.
Em termos de manutenção, os Schnauzer Standards necessitam, como o Gigante e o Miniatura - de tosas regulares para que mantenham limpa e saudável a sua pelagem e escovação semanal. Não costuma perder pelo e nem tem cheiro forte.
O Stripping - que consiste na retirada dos pelos com o auxílio de faquinhas especiais - só é necessário para cães de exposição e só deve ser realizado por profissionais experientes, evitando assim que o cão seja machucado.



                                                     PROBLEMAS A RAÇA


Os problemas mais comuns ao Schnauzer são:
  • Atrofia Progressiva da Retina - que pode causar cegueira.
  • Infecções urinárias e renais – os sinais mais comuns são uma alta freqüência de urina e o aparecimento de sangue na urina. Há muitos casos de cães que desenvolvem pedras nos rins.
  • Pancreatite – aparentemente associado ao fato de os Schnauzer Miniatura apresentarem alto teor de gordura no sangue. Os sintomas mais comuns são o vômito e a diarréia. Alguns apresentam ainda fortes dores abdominais, causando letargia e depressão.
  • Síndrome de Cushing – as fêmeas são mais suscetíveis do que os machos e os sintomas são aumento da ingestão de água e urina e ganho de peso.
  • Hipotiroidismo – geneticamente herdada, afeta o metabolismo causando depressão, aumento de peso e perda de pelo.
O Schnauzer podem apresentar ainda alguns problemas de pele que podem estar relacionados à alergia ou à falta de nutrientes da ração.




  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dogo Canário

                     HISTORIA


Originário das Ilhas Canárias, o Dogo Canário (conhecido também como Cão de Presa Canário) é um cão tipo molosso, cujo desenvolvimento foi aparentemente involuntário, resultado da mistura de diversas raças, sendo a principal o Perro de Ganado Majoreiro, ou Majoreiro, que é um cão nativo das ilhas. Acredita-se que esta mistura iniciou-se no século XVI, quando as Ilhas Canárias, foi considerada um porto seguro pelos navegantes. Segundo os historiadores da raça, diversos molossos foram introduzidos pelos colonizadores com o objetivo de auxiliá-los no trabalho com o gado, criado solto e que deveria ser arrebanhado. Foi a partir do cruzamento dos cães nativos das ilhas com os molossos trazidos da Europa que se originou o Cão de Presa Canário, hoje denominado de Dogo Canário.
Devido ás condições geográficas, a raça desenvolveu-se praticamente de forma isolada ao longo de quase 500 anos e, com o passar do tempo, foi amplamente utilizada nas rinhas.
Em meados do século XX, com as inovações ocorridas na pecuária, o gado bravo deixou de existir nas ilhas e também foram proibidas as rinhas, o que acarretou praticamente a extinção da raça, salva pela dedicação de diversos criadores que fundaram o “Clube Espanhol do Presa Canário”.
Entre as grandes entidades cinófilas internacionais, o Dogo Canário foi reconhecido pela FCI apenas em 2001. O American Kennel Club ainda não o incluiu nem entre a seleção das ´raças raras´, mas há criadores espalhados em todos os continentes.
No Brasil, a raça chegou há pouco tempo, com a importação dos primeiros exemplares espanhóis em 2002 e início de 2003.


                                                       TEMPERAMENTO


O Dogo Canário é um cão de guarda por excelência. Muito devotado, fiel e amigo do dono e da família, é também desconfiado e bravo com estranhos.
É um cão de temperamento forte e extremamente territorialista, predisposto à obediência e com um grau de atividade elevado para um molosso. É um cão grande e pesado (um macho mede de 59 a 66 cm e a fêmea de 55 a 62 cm, com peso para machos de 50 kg e 40 kg para fêmeas) e por essas características é completamente contra-indicado para proprietários pouco experientes ou permissivos.
Seu corpo robusto, cabeça maciça, latido grave e a máscara negra, que não deve ultrapassar a altura dos olhos, dão ao Dogo Canário um aspecto intimidador e “de poucos amigos”, e pode ser confundido com um Pit Bull “gigante”.
Apesar de sua imponência como cão de guarda, o Dogo Canário deve ser, acima de tudo, um cão equilibrado. Espera-se dele que desconfie de estranhos e não que avance ou reaja agressivamente à presença de quaisquer pessoas. Segundo o próprio padrão da raça: deve ter "Aspecto sereno, de olhar atento. É especialmente voltado para a função de Guarda e tradicionalmente para o manejo e condução do gado. Seu temperamento é equilibrado, tendo grande segurança de si mesmo. É manso e nobre com a família, muito apegado ao dono e desconfiado com os estranhos. É implacável com intrusos e pessoas má-intencionadas, que são rapidamente retraídas pelo porte descomunal da raça. Sua expressão é de muita segurança e nobreza. Quando está alerta, sua atitude é firme e seu olhar vigilante."
Como é um cão bastante dominante, o seu relacionamento com outros cães deve ser bem estudado. Normalmente o relacionamento é mais fácil entre cães de sexo oposto. Dois Dogos do mesmo sexo e igualmente ´dominantes´ é a receita para grandes acidentes. É comum que se relacionem melhor com cães do mesmo sexo que sejam de raças menores ou bem mais submissas do que eles.
Possui uma pelagem curta, levemente áspera e bastante aderida ao corpo, dando ao Dogo um aspecto bastante rústico. A coloração da pelagem vai do tigrado claro ao tigrado escuro quase negro e do dourado até o marrom claro. Podem haver marcas brancas no peito, na base do pescoço, garganta e nas patas posteriores. É desejável que as marcações sejam o mais reduzidas possível.

                                                                  FILHOTE



Justamente por sua personalidade forte, é essencial que o proprietário eduque desde cedo seu filhote e estabeleça claramente sua liderança. Aulas de obediência são bastante recomendadas, até porque facilitam o controle sobre os cães quando adultos e há muita controvérsia sobre a real necessidade de adestramento para guarda. Um filhote bem educado e equilibrado certamente se transformará num adulto confiável.
Deve-se ter um cuidado especial quanto à alimentação do filhote. Por se tratar de um molosso e de crescimento rápido, é fundamental que o filhote receba uma alimentação especialmente rica em proteínas durante o primeiro ano de vida, com altos índices de cálcio.
É importante também que o futuro proprietário tome precauções quanto ao tipo de piso no qual viverá o filhote, evitando pisos lisos e/ou escorregadios que podem provocar lesões ósseas e/ou musculares que podem prejudicar a movimentação e qualidade de vida do cão.
Outra recomendação importante é quanto ao volume/intensidade de exercícios. Deve-se tomar especial cuidado e não extenuar o filhote. Exercícios regulares são mais recomendados do que ‘maratonas’ que podem levar ao desenvolvimento de problemas de articulação.


                                                  PROBLEMAS COMUNS A RAÇA



Como a grande maioria das raças grandes, o Dogo Canário apresenta alguns problemas de saúde característicos:
  • displasia coxo-femural. A displasia só pode ser diagnosticada com certeza quando filhote tem mais de 12 meses através de raios-x.
  • Entrópio
  • Algumas linhagens, até em função do pool genético ainda reduzido da raça, podem apresentar sarna demodécica.