segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Borzoi

                  HISTORIA

O Borzoi é conhecido desde a Idade Média na Rússia, onde era a raça preferida pelos nobres na caça a lobos e em corridas. Nos séculos XV e XVI cruzamentos com outras raças foram feitos com o objetivo de aumentar o tamanho e a pelagem, melhorando o desempenho nas caçadas em clima frio.
A crônica francesa do século XI testemunha que três Borzóis seguiram a filha do Grande Duque de Kiew, Anna Iaroslavna, quando ela chegou à França, para se casar com Henrique I. Entre os proprietários e os criadores, havia muitas pessoas célebres, incluindo os Tzars e os poetas: Ivan "O Terrível", Pedro "O Grande", Nicolas II, Pouchkine, Tourgueniew.


No início do século XIX havia sete variações distintas de Borzoi na Rússia. A que mais se assemelhava ao padrão atual da raça era o Perchino, criada pelo grão-duque Nicolai Nicolayevitch. Naquela época, o czar russo tinha como costume presentear seus visitantes com exemplares de Borzoi. Durante a Revolução Russa, muitos Borzois foram mortos porque eram intrinsecamente relacionados com a nobreza e a aristocracia.
Os exemplares remanescentes conseguiram propagar a raça, e, levado para os Estados Unidos, o Borzoi rapidamente adquiriu o status de cão glamouroso, freqüentemente visto ao lado de celebridades do cinema.
Seu nome vem da palavra russa que significa "rápido". Ao contrário da maioria dos cães, que usa o faro para rastrear, o Borzoi tem na visão seu sentido principal. Esse alto cão, que quase não sofreu mudanças em 100 anos, é de índole reservada, mas adora caçar. Na Europa, salvo raras exceções, é considerado como exclusivamente cão de luxo. Mantido na inatividade mais completa, perdeu as suas qualidades combativas tradicionais. Foi usado algumas vezes para a caça da raposa e da lebre; mas, principalmente nestas últimas, demonstrou poucas aptidões; a pequena presa não corresponde à importante estatura e peculiar constituição do borzói, desenvolvido para a caça de lobos.
Conhecido também como Russian Wolfhound, foi apresentado pela primeira vez numa exposição em 1891, na Inglaterra. No Brasil há vários criadores da raça, mesmo que ela não seja muito popular aqui assim como em outros países da Europa.



                                                                  PERSONALIDADE 

Pode-se dizer que a personalidade do Borzoi combina bem com sua origem aristocrática. É um cão de uma elegância singular e de temperamento único. Como a maioria dos cães da família dos sighthounds (que inclui os Afghans, Salukis e Whippets), é um cão inteligente, independente e sensível, que combina qualidades dos cães de caça e companhia de maneira peculiar. São muito discretos com pessoas estranhas e não são do tipo ´festeiro´ nem com as pessoas da família, apesar de, ao seu modo, serem extremamente amorosos com seus donos.
Sua independência não a indica para uma casa em que tenha que conviver com crianças, uma vez que pode se incomodar com suas brincadeiras. Se forem criados desde cedo em contato com crianças, o convívio pode ser melhor, no entanto, e até em função de seu tamanho (machos com no mínimo 70cm de altura) o contato deve ser sempre supervisionado por um adulto.

O Borzoi pode conviver bastante bem com outros cães e até mesmo com animais de outras espécies. O importante é que tenha sido acostumado desde cedo com eles para evitar problemas com o instinto caçador do Borzoi.
A paixão natural de um Borzoi por uma boa corrida faz com que não seja recomendado andar com um exemplar sem coleira. São cães bastante ativos e que necessitam de espaço para serem exercitados e desenvolverem a musculatura adequada para a raça.
Na escala de inteligência elaborada por Stanley Coren, em seu livro A Inteligência dos Cães o Borzoi está na 75ª posição. Mas se o objetivo for um cão obediente no sentido ´tradicional´, um cão que vá seguir todas as suas ordens, o Borzoi, assim como as demais raças deste grupo, não são os mais indicados.
Nos Estados Unidos são frequentemente vistos participando de competições de velocidade e agilidade, onde obtém excelentes resultados.

                                                          FILHOTE

O Borzoi quando filhote é considerado um cão muito ativo e dinâmico, podendo vir a apresentar comportamentos destrutivos se não tiverem como extravasar sua energia. Por isso é fundamental que os filhotes tenham espaço para exercícios.


O ideal é que os cães sejam sempre exercitados em ambientes cercado (mais de 1,60m de altura) ou seguro, pois a qualquer momento ele pode resolver seguir seu instinto de caça e corrida e você pode acabar ficando sem o seu companheiro.


São cães sensíveis e de excelente memória, por isso as repreensões devem ser muito bem dosadas. Apesar de fugirem do estereotipo de cães "obedientes", são capazes de rapidamente compreender o que pode e o que não pode.


                                                             PELAGEM

A pelagem do Borzoi é encaracolada e longa. Apesar do aspecto viçoso, a pelagem não requer cuidados especiais para sua manutenção, mas é fundamental que sejam bem escovadas com frequência para que se possa evitar a formação de nós.


                                             PROBLEMAS COMUNS A RAÇA



O Borzoi está propenso a apresentar torção gástrica. Esta doença caracteriza-se pela torção do estômago, causando compressão da circulação na região abdominal. Pode levar à morte, se o cão não for operado o mais rápido possível.
Outra característica especialmente grave para todos os cães deste grupo é a sensibilidade a anestesias, que devem ser muito bem estudadas pelos veterinários que cuidam de exemplares da raça.



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