segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Rodhesian Ridgeback

                     HISTORIA

O desenvolvimento do Rodhesian está intimamente ligado à chegada dos alemães e holandeses à África do Sul nos séculos 16 e 17. Estes imigrantes, que levaram na bagagem diversos cães, entre eles, Mastiffs, Dogue Alemães, Greyhounds, Bloodhounds e Terreirs, encontraram na região uma tribo conhecida como Khoikoi, e que possuía seus próprios cães de caça. Os cães, ainda quase selvagens, tinham como principal característica uma faixa de pêlos, bem no meio das costas, que nascia no sentido contrário do resto da pelagem do corpo do cão. Foi a partir do acasalamento destes cães nativos com os diversos cães dos Boers (como eram chamados os brancos que fixaram-se na África do Sul), que surgiu o Rodhesian Ridgeback tal como conhecemos hoje).



Logo a resistência e o desempenho excepcional dos cães para a caça atraiu a atenção dos caçadores de grandes animais, que consideravam que os Rodhesians eram perfeitos para a caçada de leões e outras presas de grande porte. Com a fama de destemidos e extremamente apegados aos donos, os Rodhesians foram ganhando seu espaço entre os caçadores e criadores da época, que tinham como principal interesse manter em suas criações o temperamento adequado e a resistência ímpar destes cães, que caçando em grupos, não hesitavam em enfrentar a fúria e a força de leões.
Em sua terra natal, matilhas de Rodhesian Ridgebacks são utilizadas pelos caçadores para perseguir grandes caças, entre as quais os leões, leopardos e outros animais de porte grande. As matilhas têm uma tática peculiar de realizar seu trabalho: cães faziam com que a presa corresse até a exaustão, de forma a acuá-lo. Neste ponto, quando a presa já estava exaurida, era mais fácil para os caçadores terminares o trabalho.


                                                     PERSONALIDADE



Os Rodhesians são cães de personalidade forte, bastante valentes e auto-confiantes, características essenciais para a função para a qual foram desenvolvidos. São também muito direcionados às pessoas, precisando de contato com seus donos para que possam se manter equilibrados como se espera. Justamente por este motivo, não são cães que possam ser ´esquecidos´ fora de casa durante o dia todo e sem a interação de seres humanos.

Caçadores natos, a falta de estimulação pode levar os Rhodesians ao tédio e a desenvolverem comportamentos inadequados e destruidores. Caso o proprietário necessite deixar o cão por períodos maiores sozinho, é fundamental que ele seja acostumado desde cedo com essa rotina, porque de maneira geral os Rodhesians adoram ter a companhia e atenção constante dos donos.
Por sua função primária - a caça de grandes animais em matilha - é muito importante que os proprietários desenvolvam um programa de exercícios e de interação com outros cães. O convívio do Rodhesian com outros animais deve ser estabelecido desde bem cedo, para que ele não entenda que aqueles seres possam ser caçados.

                       O FILHOTE

Os Rodhesians quando filhotes são extremamente ativos e curiosos. É nesta fase que os donos devem ter os maiores cuidados e desenvolver esforços sistemáticos para educar o cão segundo as regras que desejar.
Sua vivacidade e energia, fazem dos filhotes excelentes companheiros de proprietários mais ativos. Como crescem rápido, deve-se tomar algum cuidado para estabelecer o contato entre os Rhodesians e as crianças muito pequenas.
São cães de amadurecimento tardio, consideram-se adultos apenas por volta dos 2 anos de idade.Outro cuidado importante é com a socialização dos filhotes, que deve ser incentivada após o término das vacinas.


           PROBLEMAS COMUNS A RAÇA

O Rodhesian como a grande maioria dos cães de grande porte e de crescimento rápido, está sujeito à displasia coxo-femural e de cotovelos. Caso vá adquirir um filhote, certifique-se de que os pais tenham sido examinados e que tenham sido aprovados pelas radiografias.

Problemas da tiróide também podem afetar de maneira mais particular os cães da raça.
Alguns estudos mencionam a Catarata como um problema frequente nos Rodhesians.

Outro problema que pode ocorrer é a “dermoid sinus” (D.S.) é conhecida por muitos nomes como cisto de “dermoid”, cisto de cabelo e cisto Africano. É “sinus” porque tem o formato de tubo que drena e “dermoid” porque tem formato de pele. Pode ou não conter folículos pilares ou ser coberto por pelos. Assim como o pelo cobre o corpo do animal, também cobre a cavidade do tubo nasal. A defesa natural do organismo contra corpos estranhos consiste em expulsá-los. Desse modo, haverá produção de secreção para expulsar as impurezas. Nem todas as “dermoid sinus” são feitas de tubos reais, muitas são cavidades nas quais não há possibilidade das secreções serem excretadas. Nesses casos, serão formados abscessos e o inchamento que acompanha o quadro, pode romper a pele, resultando numa situação muito dolorosa para o filhote.

A D.S.é geralmente localizada na linha mediana do pescoço, costas e cauda percorrendo a coluna vertebral. Embora raramente encontrada no “redemoinho” houve alguns casos. A “dermoid sinus” também foi notada em filhotes que não apresentavam o “redemoinho”.

A D.S. é uma condição congênita, significando que está presente desde o nascimento. Pode ser apalpada e identificada nos filhotes recém nascidos. Os filhotes afetados devem ser sacrificados ou então devem se submeter à cirurgia para remoção da D.S. Eles deverão ser somente animais domésticos não sendo considerados cães para procriação.





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