sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Saluki

O Saluki talvez seja a mais antiga das raças domesticadas conhecidas. Pinturas rupestres datadas entre 2.000 e 3.000 A.C., retratando cães desse tipo, com orelhas e caudas franjadas, foram encontradas no Egito. Uma das versões para a origem do nome Saluki faz referência a uma cidade árabe desaparecida, Saluk. Os egípcios o chamaram de El Hor (o nobre), e tal denominação não era em vão. De acordo com o Alcorão (livro sagrado do Islamismo), o cão, de maneira geral, era tido como animal impuro, sujo (O Cão e as Religiões), mas, talvez porque o Saluki sempre tenha um excelente caçador, unindo velocidade, resistência e fidelidade ao dono, fugia ao conceito estipulado pelo livro sagrado. Os beduínos, percebendo essas habilidades, passaram a usar o Saluki para a caça e assim prover alimento para toda a família já que não sendo um "simples cão" e sim um ser superior, criado por Alá do mesmo vento com o qual ele criou o cavalo árabe, eles (beduínos) podiam comer a caça que o Saluki trazia.



Os primeiros Salukis foram levados para a Inglaterra em 1830, mas o interesse pela raça só surgiu em 1897, quando Lady Florence Amhersts recebeu de presente um casal ofertado por um beduíno egípcio a um coronel do exército britânico, provenientes da tribo de beduínos Tahawi, do baixo Egito. Desde este período, quando foi “descoberto” pelo mundo ocidental, o Saluki não sofreu grandes modificações.
Apesar de sua antiguidade, o Saluki ainda é uma raça rara em todo mundo. No Brasil a raça ainda engatinha, mas já existem alguns criadores da raça em diversos estados.


                        PERSONALIDADE


Originalmente, o Saluki era empregado pelos árabes na perseguição à gazela e na caça a chacais, raposas e lebres, já que é uma raça capaz de atingir grandes velocidades e possui uma excelente visão.
Era bastante comum ver Salukis sendo carregados junto com seus proprietários por cavalos, até que chegassem ao local da caçada. Desta forma, preservavam-se as melhores condições do cão para a execução de sua tarefa principal.
Com a sua chegada ao Ocidente e não havendo mais a ´necessidade´ de caçar, os Salukis passaram a ser utilizados como cães de corrida e companhia, porém em alguns países a caça ainda é praticada como esporte e existem até provas oficiais específicas para galgos.
A aparência esguia, que geralmente dá uma falsa impressão de magreza, não corresponde à resistência destes cães acostumados a desenvolver grandes velocidades em terrenos desérticos. A paixão natural de um Saluki por uma boa corrida faz com que não seja recomendado andar com um exemplar sem coleira. Normalmente são cães capazes de passar longos períodos deitados, tranqüilamente ao lado de seus donos. Amam o confiorto quase tanto quanto às corridas e a caça. São muito discretos com pessoas estranhas e não são do tipo ´festeiro´ nem com as pessoas da família, apesar de, ao seu modo, serem extremamente amorosos com seus donos.


                                                        O FILHOTE

Apesar de ser um adulto muito tranqüilo, o filhote pode ser bastante destrutivo se não tiver como extravasar sua energia, por isso é fundamental que tenham espaço para exercícios. Seja o quintal de sua casa ou outro local disponível, tenha sempre a certeza de que o ambiente onde você exercitará seu Saluki é cercado (mais de 1,60m de altura) ou seguro, pois a qualquer momento ele pode resolver seguir seu instinto de caça e corrida e você pode acabar ficando sem o seu companheiro.
Salukis são cães muito sensíveis e têm boa memória, por isso as repreensões devem ser muito bem dosadas. Por ser um cão inteligente, ele rapidamente vai compreender o que pode e o que não pode. Um tom de voz mais alto ou um tapa forte (lembre-se que ele tem uma pele fina e sem gordura) podem magoá-lo tão profundamente que ele passará de algumas horas a vários dias fazendo-o sentir-se culpado, e eventualmente até guardar um ressentimento pela vida inteira.


                                                          CORES

O Saluki possui 2 variedades: a de pelo longo e a de pelo curto. A grande diferença entre elas, na verdade, é a presença de franjas no rabo e nas orelhas.
O pelo é suave e possui uma textura sedosa; com franjasnas orelhas, cauda, na parte de trás dos membros e  das coxas, entre os dedos dos pés. Franjas na garganta podemeventualmente estar presentes em cães adultos. Filhotes podem ter discreta pelagem lanosa nas coxas e nos ombros. A variedade de pêlo curto não tem franjas.
Todas as cores e combinações de cores são permitidas, mas não é desejável a cor tigrada.


          PROBLEMAS COMUNS A RAÇA 

Em geral são cães fortes, resistentes, quase rústicos (pelo próprio histórico de sua origem!), porém há vários casos de problemas congênitos de coração - alguns levando à morte súbita de cães jovens (entre 2 e 7 anos, ou então neonatos), outros apenas manifestando-se como aumento do músculo cardíaco, sem maiores conseqüências, e que ainda não está totalmente esclarecido se é normal da raça ou se é uma anomalia.




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