terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pastor De Shetland


                       HISTORIA

O Pastor de Shetland ou Sheltie é uma raça bastante jovem, originada nas Ilhas Shetland, na costa da Escócia, um lugar ‘especializado’ na criação de animais pequenos, como os pôneis de Shetland e as ovelhas pequenas e com focinho preto desenvolvidas no mesmo lugar. No entanto, apesar de sua origem recente ainda pairam muitas dúvidas sobre o seu desenvolvimento. Muitos acreditam que a raça tenha surgido a partir de cruzamentos entre os Border Colliee raças nativas já adaptadas ao pouco espaço e pequena quantidade de alimentos disponíveis. Outros estudiosos no entanto sustentam que os Shelties tenham tido os mesmos ancestrais do Collie acasalados em algum momento com Spitzes, que contribuíram para a redução do seu tamanho.
Seja como for, a raça só se tornou mais conhecida a partir da primeira década de 1900. Nesta época já eram muito utilizados pelos habitantes das ilhas para o pastoreio de ovelhas, atividade que continuam exercendo com perfeição quando faz parte de sua rotina diária. O primeiro clube da raça – o English Shetland Sheepdog Club – responsável pela elaboração do primeiro padrão da raça, surgiu em 1914.
Por sua aparência delicada e charmosa e pelo seu tamanho reduzido, logo tornou-se popular nos Estados Unidos como cães de companhia, aproveitando de certa forma a fama de seu primo ‘maior’ para conquistar uma verdadeira legião de fãs.

                                                    PERSONALIDADE

São cães muito inteligentes e que aprendem com rapidez. O Shelties aparecem na a 6ª posição entre as raças mais inteligentes na classificação do livro A Inteligência dos Cães de Stanley Coren. No entanto, a inteligência aguçada não é apenas uma qualidade, podendo se transformar também num problema, já que por sua capacidade de aprendizagem tão desenvolvida, o Sheltie precisa ser exercitado – física e psicologicamente – para que não se torne um cão entediado e consequentemente destrutivo.
Por sua característica de procurar o dono constantemente, não são cães que devam ser ‘esquecidos’ nos quintais ou privados do convívio familiar, já que nestes casos podem desenvolver problemas de comportamento, como destruição, latidos em excesso, morder as coisas e cavar buracos. Apesar de procurarem constantemente a companhia do dono, também não são cães ‘de colo’.

Bastante sociável com crianças, pode ser um excelente companheiro nas brincadeiras, podendo mesmo exercitar com elas suas habilidades de pastoreio.


                                                      O FILHOTE



A primeira providência para garantir um bom filhote é a observação das proporções físicas dele. Um bom exemplar tem o corpo retangular, levemente mais longo que alto. Os olhos são amendoados e escuros. Na cor azul merle são aceitos também olhos azuis: podem ser ambos ou apenas um ou, ainda, escuros com manchas azuis. O focinho começa a ficar alongado a partir do primeiro mês. A ponta do nariz (trufa), lábios e pálpebras devem ser pretos.
A ponta dobrada das orelhas deve aparecer entre os quatro e os cinco meses de idade. Nessa época, se o terço superior não dobrar sozinho, pode-se apelar para um pequeno truque que consiste na colocação de um pequeno peso - um rolinho de esparadrapo (substituído a cada cinco dias) ou uma massa aderente feita com a mistura indicada pelo veterinário de forma que a pasta grude nas pontas das orelhas, recolocadas ao caírem por falta de aderência.


                                                              CORES


As marcações brancas são uma preferência em todas as cores aceitas pelo padrão do Shetland, exceto nos pretos-e-castanhos, conforme determina o padrão da raça seguido pela CBKC. Essas marcas devem estar localizadas no peito, antepeito, membros e extremidade da cauda, formando uma lista ou um colar. São proibidas no tronco. A ausência dessas manchas é aceita.
Segundo o padrão adotado pelo American Kennel Club (AKC) é proibido que os cães tenham mais do que 50% de branco no corpo. Já as entidades filiadas à Federação Cinológica Internacional (FCI) e o The Kennel Club, da Inglaterra, apenas orientam no sentido de não ultrapassar essa porcentagem, sem mencionar nos padrões, e podem penalizar ou até eliminar o cão das competições de beleza. Os exemplares com muito branco têm direito a pedigree.

Segundo os criadores não se deve acasalar 2 exemplares azuis merles, que podem gerar cães totalmente brancos e com problemas de cegueira e surdez. Outro cruzamento não indicado é o de exemplares zibeline (coloração que vai do dourado pálido ao acaju intenso) com azul merle.


                                             PROBLEMAS COMUNS A RAÇA

A raça é considerada bastante saudável, mas geneticamente mais propensa a desenvolver problemas de pele, causados por disfunções orgânicas hereditárias. Causam o aparecimento de áreas sem pêlo, com vermelhidão da pele e posterior escurecimento. Outros problemas comuns à raça são:
  • displasia coxo-femural (anomalia no encaixe do fêmur e da bacia)
  • atrofia progressiva da retina - que pode causar cegueira



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